Foi com a pompa e a intriga de um romance de Dan Brown que, no início deste mês, o Papa Francisco entrou na sala de audiências da Aula Paolo VI, uma sala do tamanho de um hangar de aviões na Cidade do Vaticano. Ladeado pela extravagante Guarda Suíça e homens de terno escuro murmurando em fones de ouvido, ele se dirigiu a uma cadeira enorme em um palco diante de quase 2.000 pessoas. Muitos aplaudiram, a maioria boquiabertos em descrença.
O papa estava lá para fazer algo que nenhum outro líder mundial havia feito antes. Ele estava conhecendo pessoas com a doença de Huntington, um distúrbio neurológico raro e incurável que há muito tempo está envolto em vergonha e discriminação. É uma doença genética que ocorre em famílias. Provoca movimentos bruscos involuntários e pode tornar as pessoas deprimidas ou agressivas, sintomas que podem deixá-las socialmente isoladas, em parte graças a um mal-entendido histórico.